quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Poema Soria Santos - Solenidade do “Dia da Fraternidade Universal"

OS  FILHOS  DA  LUZ
A cada manhã
do  Dia Universal,
no  coração do Cosmos,/
um Sol Espiritual
desponta no horizonte do Todo.
Iluminando,
Energizando,
O existente que é,
O existente que vai ser
Sem qualquer discriminação.

Como Fogo espacial
a  Luz Central
brilha,
assume-se,
espalha-se
dividindo-se
em raios multiplicados.
Raios de luz,
Raios de vida,
Raios de amor.

Num ritmo vibrante,
os Raios do Sol Espiritual
percorrem  planetas e estrelas
criando  coreografias
que implantam a Lei da Harmonia
numa radiante Espiral.

É a Vida Cósmica
corporificada em Beleza,
visível em Luz,
assumindo com Força e poder
Todas as manhãs
do Dia Universal.
Atravessando espaços estelares
Num tempo sem medidas.

Cada projeção de Si mesma
na imensidão do Cosmos
permanece como ponto luminoso,
E, permanecendo,
multiplica-se em refletores espaciais.
Faróis que iluminam
Torres que conduzem
Espelhos que refletem
o despertar da Alma
emanada do Coração Central.

Quando o alvorecer
se transforma em anoitecer,
os pontos luminosos
permanecem emitindo Luz.
A luz refletida
no Sono sem Sonhos.
A grande luz que não dorme,
apenas se recolhe,
minimizando-se para os nossos olhos.

Quando se faz novo despertar,
Torres, Faróis, Espelhos
continuam a iluminar.
As vias espaciais se entrecruzam.
Os caminhos se tornam visíveis
interligando todo o espaço.

E nesse repetir-se de dias e noites,
e nesse reconstruir-se
em constante expansão,
o Sol espiritual
reativa sua grande rede,
a teia do Universo.
Manto do Céu,
tecido com os cabelos prateados
da Grande Mãe.
Aquela que nos aconchegou em seus braços
antes de aqui estarmos .
Berçário
onde os sonhos nascem
e as Estrelas são embaladas.
Nessa Teia
cada junção, cada nó
tem um ponto correlato no ser humano,
chamado a Centelha Divina, a Mônada,
o  Espírito Humano,
cuja Alma é uma Consciência
que se expande
em cada manhã do Dia Universal.

Por isso, cada toque,
cada contato, cada vibração sutil
no ser humano
é um chamado,
um sinal, um despertar
para sentir a Fraternidade
que se irradia
da Teia do Universo.

Quando a Sabedoria do Todo
penetra no Espírito vivificado,
homens e mulheres
sentem o chamado
do mais alto Dom.
O Poder da Criatividade,
a Vida da  Renovação.

Quando as Grandes Mensagens
percorrem esses fios
o Cosmos se regozija,
os Céus se colorem.
Todos os Anjos e Arcanjos
Tocam as suas trombetas.
A música vem das Esferas.
Há festa nos Céus
e regozijo na Terra,
Nasce um Mahatma. Um Filho Maior.

Meu irmão,
Minha Irmã,
olhemos para o Céu
Todas as manhãs, olhemos para o Céu,
banhemo-nos nas vibrações das cores.
E, durante as noites,
Como FILHOS DA LUZ,
Sintamo-nos Torres, Faróis, Espelhos
nesse Oceano de Vida Cósmica.

Lembremo-nos, não estamos sós,
somos Filhos do Universo,
Irmãos dos Irmãos Maiores,
Centelhas Divinas
fulgurantes
nas Manhãs Universais.

Minha Irmã, meu Irmão,
vamos dar as mãos,
vamos dar as mãos
neste anoitecer que brilha nas Estrelas
e ilumina nossos corações.
Vamos dar as mãos!
Agora e sempre,
vamos dar as mãos!


Sória Lima dos Santos
Rio, 28/02/2007.


Soria Santos e Regina Medina
     Apresentado na Solenidade do “Dia da Fraternidade Universal”, na Sociedade Teosófica do Rio de Janeiro, em 2 de janeiro de 2012 ,  com a presença da autora, sentada à mesa . Esta foi uma  homenagem da ST ao extenso trabalho desenvolvido pela irmã Sória. O poema foi  apresentado pelos sete irmãos seguintes :
Laura Nessimian, Lucinéa Silva, Ailton Santoro, Fernando Mansur, Márcio Douglas, Roberto de Paula e Sérgio Fernandes.


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